Ministério do Trabalho e Emprego demonstra interesse em incentivar inovação no setor de fibrocimento
Eduardo Azeredo Costa, presidente da Fundacentro, compareceu a audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF) para apresentar o retrato da indústria que utiliza esse insumo no país. Segundo os dados apresentados por Costa, trata-se de 51 empresas cadastradas e que empregam diretamente 10.500 colaboradores. Desses, cerca de dois mil atuam em contato direto com a fibra natural.
De acordo com Costa, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) possui um levantamento que demonstra irregularidades que vão desde níveis de poeira de amianto superiores aos exigidos pela legislação federal até a falta de exames de saúde periódicos dos trabalhadores envolvidos nessa cadeia de suprimentos. A extração ilegal de amianto também preocupa o ministério. Atualmente no Brasil só a Cana Brava em Minaçu, Estado de Goiás, está licenciada para extrair amianto no país.
“Junto com a falta de informações dos trabalhadores, deficiências na limpeza das empresas e na conservação adequada dos produtos, os riscos vão de doenças até contaminação ambiental”, avalia o presidente da Fundacentro. Costa afirmou, ainda, que existe interesse do MTE em desenvolver um programa para inovar nesse segmento e conseguir substituir o amianto crisotila por outras fibras. "Precisamos de uma nova abordagem para o mercado de amianto no Brasil", concluiu.
(Foto: Eduardo Azeredo Costa)
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