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Nos dias 24 e 31 de agosto o judiciário foi palco do debate sobre o uso controlado do amianto crisotila no Estado de São Paulo. A ocasião reuniu 35 expositores entre especialistas de órgãos públicos e privados, entidades da sociedade civil, representantes da indústria, de trabalhadores, entre outros. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 3937) questiona lei estadual que proíbe a exploração e comercialização de amianto em solo paulista. O relator é o Ministro Marco Aurélio. Aqui você encontra o resumo de todas as exposições feitas durante Audiência Pública realizada no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Morar sob telhas de amianto não prejudica a saúde e o meio ambiente




Mário Terra Filho, docente, especialista em pneumologia pela Universidade de São Paulo (USP) e chefe do Grupo de Pneumologia Ocupacional e Ambiental da instituição de ensino, apresentou na audiência pública que debate o uso do amianto no Estado de São Paulo um extenso estudo científico coordenado por ele. O objetivo foi avaliar a concentração de fibras de amianto em residências cobertas com telhas de fibrocimento produzidas com o minério. O resultado do estudo foi mostrar que a aglomeração de filamentos nessas casas não é superior ao de amostras colhidas em grandes áreas urbanas de outros países, assim como não foi possível relacionar doenças a  exposição de pessoas nesses ambientes.



O médico explica que o estudo queria responder ao questionamento sobre a possibilidade de as telhas de fibrocimento com adição de amianto disseminar fibras no ar e foi um pedido do Ministério de Ciência e Tecnologia. “Nós temos um número superior a 30 milhões de residências cobertas com telhas de fibrocimento com amianto. Será que as pessoas respiram fibra nesse ambiente? Será que podem adoecer?”, questionou o pesquisador ao iniciar os trabalhos.



Terra Filho possui longo histórico de estudos e análises sobre o amianto. “Durante minha ca
rreira publiquei 37 artigos e pelo menos nove deles falando sobre asbesto. Todos originais, nenhum opinativo ou especulativo, todos para agregar conhecimento”, diz. Portanto, o médico afirma que a quantidade de fibras de amianto no ar é considerada dentro dos níveis adequados identificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O projeto de pesquisa foi aprovado em 2010 pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Participaram do estudo 13 pesquisadores e cinco capitais brasileiras foram escolhidas para o trabalho de campo: São Paulo, Goiânia, Rio de Janeiro, Salvador e Recife. Outra exigência da metodologia utilizada era de que os moradores avaliados deveriam residir 35 anos no imóvel, em média.

Das pessoas que participaram da pesquisa científica, a maior parte foram mulheres (76%). Do total de pessoas avaliadas, 92% tinham idade entre 31 e 70 anos. Os participantes foram submetidos a exames de radiografia do tórax e tomografia, além de avaliação clínica. De acordo com o resultado desse levantamento, não existe contaminação por amianto se a pessoa vive em uma casa com telhas de fibrocimento antigas, assim como os resíduos não são absorvidos a ponto de serem danosos à saúde dos moradores das comunidades pesquisadas.

(Foto: Telhas de Amianto, Íntegras)



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