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Amianto do tipo crisotila é menos perigoso que o anfibólio
David Bernstein é PHD em Medicina e Toxicologia Ambientalpelo Instituto de Medicina Ambiental da Universidade de Nova York. Bernstein é ainda Mestre em Física pela Universidade da Cidade de Nova York. O cientista acumula mais de 35 anos de experiência na condução de estudos de toxicologia da inalação de produtos químicos e farmacêuticos e na avaliação de seus efeitos.
O especialista afirmou, durante audiência pública que debate o uso seguro do amianto no Estado de São Paulo, que os recentes estudos sobre o minério trazem evidências científicas de que o amianto crisotila é significativamente menos perigoso aos seres humanos e ao meio ambiente que o anfibólio.
De acordo com Bernstein, pesquisas demonstram ainda que a crisotila brasileira tem uma biopersistência relativamente pequena. Isso significa que mesmo depois de 90 dias respirando seus filamentos não se comprovou o desenvolvimento de nenhuma patologia. "A fibra do amianto crisotila sai rapidamente do pulmão", explica. Porém, no caso do amianto tipo anfibólico, bastam cinco dias de exposição para gerar uma infamação nos pulmões. Em 28 dias, danos maiores foram registrados.
Com relação a possíveis substitutos ao amianto, Berstein diz, com base em documento da Organização Mundial da Saúde (OMS) que não há estudos científicos suficientes de toxicologia sobre seus efeitos nos seres humanos e no meio ambiente. Entre essas fibras artificiais está a feita a partir de polipropileno, mas existem diversos outros tipos e os dados científicos disponíveis sobre eles inexistem.
Bernstein concluiu a apresentação afirmando que com os controles que existem atualmente no uso de materiais preparados em fibrocimento com amianto crisotila não expõe nem os trabalhadores e nem os consumidores sob risco excessivo de câncer.
(Foto: Amianto de crisotila)
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