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Nos dias 24 e 31 de agosto o judiciário foi palco do debate sobre o uso controlado do amianto crisotila no Estado de São Paulo. A ocasião reuniu 35 expositores entre especialistas de órgãos públicos e privados, entidades da sociedade civil, representantes da indústria, de trabalhadores, entre outros. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 3937) questiona lei estadual que proíbe a exploração e comercialização de amianto em solo paulista. O relator é o Ministro Marco Aurélio. Aqui você encontra o resumo de todas as exposições feitas durante Audiência Pública realizada no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Os riscos do amianto podem ser controlados, defende higienista ocupacional


É possível utilizar o amianto crisotila de maneira segura, controlando os riscos”, afirmou Irene Saad, engenheira química higienista ocupacional certificada (Abho/001) e especialista em agentes químicos pelo Instituto Nacional de Higiene e Seguridad en el Trabajo, na Espanha.
Segundo Saad, sua principal preocupação no debate sobre uso seguro durante Audiência Pública no Supremo Tribunal Federal (STF) é colaborar com a implantação de medidas de controle para proteger a saúde dos trabalhadores. A engenheira atua há 30 anos no setor de pesquisas relacionados aos agentes ambientais.
Para a especialista, é importante avaliar a questão do risco e diferenciá-lo do que é entendido como perigo. “Do ponto de vista do higienista, os riscos são controlados, o perigo não”, disse. Segundo Saad, o perigo é a capacidade de um químico produzir um efeito em um determinado órgão. “O risco é a probabilidade dessa substância efetivamente causar o efeito previsto pelo perigo”, definiu. Sendo assim, ela pontua que o amianto – como a maioria dos produtos químicos – pode causar esses danos. “Não conseguimos reduzir a toxidade da substância, mas podemos utilizá-lo se os riscos forem controlados”, explicou.
Aproveitou ainda para esclarecer que o uso seguro busca identificar qual o nível possível de exposição sem causar perigo ao trabalhador: nem imediato e nem cumulativo. “Aqueles que propugnam o banimento e aqueles que propugnam o uso seguro têm o mesmo objetivo: impedir o aparecimento de efeitos adversos à saúde, ou seja, manter a exposição sob controle com base nos conhecimentos técnicos e científicos disponíveis”, finalizou.

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