Saiba tudo sobre este mineral revolucionário

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Nos dias 24 e 31 de agosto o judiciário foi palco do debate sobre o uso controlado do amianto crisotila no Estado de São Paulo. A ocasião reuniu 35 expositores entre especialistas de órgãos públicos e privados, entidades da sociedade civil, representantes da indústria, de trabalhadores, entre outros. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 3937) questiona lei estadual que proíbe a exploração e comercialização de amianto em solo paulista. O relator é o Ministro Marco Aurélio. Aqui você encontra o resumo de todas as exposições feitas durante Audiência Pública realizada no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Primeiro depoimento demonstra desconhecimento da realidade atual do trabalhador



Abrindo os depoimentos da audiência pública que debate o uso controlado do amianto crisotila no Brasil, Guilherme Franco Netto, diretor do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador da Secretaria de Vigilância da Saúde fez sua apresentação demonstrando a visão do Ministério da Saúde frente ao tema.


Netto explica que qualquer contaminação por amianto acontece quando a pessoa se expõe sem nenhum tipo de proteção e inala suas fibras. Para ele, é ampla a exposição do amianto junto ao ser humano seja pelos ambientes degradados, seja por objetos e roupas contaminados pelo mineral. De acordo com Netto, essa situação oferece mais risco aos trabalhadores envolvidos em toda cadeia produtiva da fibra natural.


Ao acusar a cadeia produtiva e apontar principalmente para o processo de extração do minério, Netto não menciona o fato de que os colaboradores que fazem parte dessa cadeia produtiva não levam suas roupas de trabalho para casa: elas são lavadas em lavanderias industriais registradas nas Delegacias Regionais do Trabalho.

O diretor também discursou sobre o fato que a partir do momento em que se interrompe a exposição dos trabalhadores aos resíduos do amianto até o surgimento de qualquer doença relacionada ao mineral, pode levar até 10 anos. “Em alguns casos esse processo pode se estender para 30, 40 a 50 anos até mostrar sua periculosidade”, disse.

Citou dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que considera não existir níveis seguros de exposição ao amianto e que o minério é comprovadamente classificado como carcinogênico, ou seja, que favorece o desenvolvimento de câncer. “O amianto é responsável pela maior parte dos casos de câncer ocupacionais e é um grave problema de saúde pública”, afirma Netto. Por fim, citou novamente a OMS que possui dados assegurando que são estimadas 100 mil mortes por ano de doenças relacionadas ao amianto no mundo.



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