Saiba tudo sobre este mineral revolucionário

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Nos dias 24 e 31 de agosto o judiciário foi palco do debate sobre o uso controlado do amianto crisotila no Estado de São Paulo. A ocasião reuniu 35 expositores entre especialistas de órgãos públicos e privados, entidades da sociedade civil, representantes da indústria, de trabalhadores, entre outros. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 3937) questiona lei estadual que proíbe a exploração e comercialização de amianto em solo paulista. O relator é o Ministro Marco Aurélio. Aqui você encontra o resumo de todas as exposições feitas durante Audiência Pública realizada no Supremo Tribunal Federal (STF).

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“Decisões devem ser baseadas em respostas atuais da ciência”, defende biólogo



Dr. Jacques Dunningan é PhD em Biologia desde 1963 e professor assistente do Departamento de Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Sherbrooke desde 1964. Representando a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria na audiência pública que debate a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 3937) no Supremo Tribunal Federal (STF), o docente ponderou que quatro mitos relacionados ao amianto devem ser esclarecidos.

 Que 100 mil mortes por ano acontecem por exposição ao amianto.
“Esse número, comumente utilizado pelos defensores do banimento do uso do mineral, não é verdadeiro. Esses casos não são comprovados, são estimativas. Isso consta de estudo científico de Dr. Takala J, Asbestos European Conference, Dresden (2003)”


Por constar na lista da IARC (International Agency for Research on Cancer) classificado como “grupo 1”, o amianto deveria ser banido
“A agência apenas identifica e classifica o perigo dessas substâncias, misturas e atividades. Não existe um cruzamento de informações que relativize a probabilidade de manifestação tóxica e as atuais condições de uso. Segundo a classificação da IARC outras substâncias como peixe salgado (ao estilo chinês), aparelhos de raio-x, anticoncepcionais, benzina, bebidas alcóolicas, analgésicos, pó de madeira, etc também são classificadas como 'grupo1'"

Uso seguro de amianto é uma ilusão e a afirmação de que "uma fibra pode matar"
“Existe uma série de estudos científicos publicados que evidenciam que baixos níveis de exposição a fibras de amianto crisotila não significa um risco excessivo ao ser humano. Outra questão é que a média de fibras de amianto que os seres humanos respiram todos os dias fica em 21.600 fibras por dia, considerando os níveis aceitáveis de 1 fibra por litro de ar inalado. Assim sendo, os riscos associados não são significantes e não justificam controle futuro já que não podem ser mensurados. Milhares de caixas d'água feitas de fibrocimento com amianto crisotila vêm sendo utilizadas na América Latina e África por décadas. Nenhuma doença foi reportada por conta desse uso”.

A Organização Mundial da Saúde e a Organização Internacional do Trabalho pedem pelo banimento de todos os tipos de amianto.

“Essas resoluções não pedem pelo banimento do amianto crisotila e não incluem proibições. Elas indicam que a comunidade internacional formule instrumentos legais para o uso controlado dessa substância”.
No final de sua apresentação, Dunnigan observou que as fibras de amianto nunca serão totalmente eliminadas do meio ambiente. E que, além disso, quanto mais os processos de extração e manufatura evoluem, os riscos de doenças e contaminação do meio ambiente diminuem consideravelmente. “Hoje, altos índices de mortalidade estão associados ao hábito de fumar, uso de álcool e drogas, assim como dietas inapropriadas”, completa.

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