Ex-funcionário da indústria pede banimento do amianto
Emocionado e bastante nervoso, Doracy Maggion, foi um dos expositores da audiência pública presidida pelo ministro Marco Aurélio e que debate o uso seguro do amianto crisotila no Estado de São Paulo. Maggion é ex-funcionário da Eternit e autodeclarado vítima da exposição ao amianto. É um dos fundadores da Associação Brasileira de Expostos ao Amianto (Abrea).
Durante sua exposição, Maggion citou vários companheiros de trabalho que morreram de doenças relacionadas ao amianto e de como sente falta deles. Entre outros, lembrou da história de um ex-funcionário da Eternit de Osasco, que teve diagnóstico de placas pleurais, asbestose e depois foi diagnosticado com mesotelioma. Falou também de Aldo Vicentini, advogado que fazia parte da Abrea e que só trabalhou quatro anos no almoxarifado da Eternit.
"É o único que não tinha diagnóstico de nenhuma placa pleural e, de repente, teve um derrame de pleura e morreu em quatro meses com um mesotelioma de pleura", afirmou.
Encerrando sua apresentação, pediu o banimento do amianto para que as futuras gerações não sofram o que ele está sofrendo.
(Foto: Ministro Marco Aurélio durante audiência pública, Migalhas)
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